quinta-feira, 25 de março de 2010

Licenciamento Ambiental


Dificuldades no licenciamento ambiental podem adiar a inauguração da Cidade da Energia, em São Carlos (SP), prevista inicialmente para este ano, para 2011. O secretário de Ciência e Tecnologia da cidade paulista, Emerson Pires Leal, contou que tanto os processos de emissão de licenças quanto os de desapropriação das áreas que abrigarão o centro de exposições enfrentam burocracias que impedem o início das obras.
O objetivo da Cidade da Energia é oferecer um espaço para testes, desenvolvimento e estimular parcerias entre o setor privado e universidades no âmbito da geração limpa e renovável de energia. Os investimentos previstos no empreendimento somam R$ 89 milhões. Deste total, R$ 7 milhões serão aplicados pela prefeitura de São Carlos para a criação de infraestrutura básica, como rede de esgotos; R$ 59 milhões pelo governo federal e R$ 23 milhões pela Abimaq para a construção de todos os espaços integrantes do projeto em uma área de 240 ha.
O local será destinado também à exposição permanente de projetos. “Queremos abrir as portas da Cidade da Energia para instituições de pesquisa do Brasil inteiro, construindo centros de convenções e exposições e laboratórios”, salienta Leal. A primeira etapa da obra é a duplicação da rodovia Guilherme Scatenna, responsável pela interligação da Cidade da Energia, que contará com passagens subterrâneas para animais e uma ciclovia.
A Abimaq, que realiza cerca de 20 feiras de negócios anualmente, entrou no projeto com a ideia de utilizar o espaço para abrigar seus eventos. Um deles, a Agrishow, seria a responsável pela inauguração dos trabalhos na Cidade da Energia neste ano, mas por conta do atraso no cronograma, será realizada em Ribeirão Preto. “A Agrishow atrai 150 mil pessoas e movimenta R$ 800 milhões durante uma semana. Imagina quanto a realização destas feiras na Cidade da Energia não vai render em negócios?”, questiona o secretário.
Os idealizadores do projeto explicam que um dos motivos para a escolha de São Carlos para abrigar o projeto é o fato dela ter o maior número de doutores: um para cada 170 habitantes. “É uma cidade que vivencia tecnologia o tempo todo. Era imprescindível a centralização das discussões sobre bioenergia em um único local, pois o Brasil já oferece essa tecnologia. Nada melhor que isso acontecesse em São Carlos, que na década de 70 desenvolveu, na USP, o primeiro motor a álcool brasileiro”, destacou o prefeito de São Carlos, Oswaldo Barba. (E.M) (Jornal da Energia)

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